JM
Cunha Santos
Todas
as especulações em torno da renúncia da governadora Roseana Sarney já foram
feitas. Tantas que é melhor observar o fato à luz da História.
O
Papa São Ponciano, por exemplo, renunciou ao perceber que jamais poderia voltar
ao posto. Roseana deve ter percebido que, pelo menos nos próximos 50 anos
ninguém de sua família ou qualquer descendente seu, voltará a ocupar o cargo de
governador do Maranhão.
Ao
renunciar, D. Pedro I aplicou o Golpe da Maioridade e decretou a maioridade de
seu filho, D. Pedro II que passou a governar o Brasil a partir dos 5 anos e 4
meses de idade. Mesmo assim, ainda governou melhor que Roseana Sarney.
O
Papa Celestino V renunciou no mesmo ano de sua eleição - o que se Roseana, que
nem foi eleita, tivesse feito, seria bem melhor para o povo do Maranhão – ao perceber
que não estava preparado para o exercício do cargo. Roseana, depois de quatro
tentativas desastradas, finalmente descobriu que não está preparada para
governar.
Celestino
V, assim como Roseana, alegou problemas de saúde e depois de capturado por seu
sucessor, Bento Gaetani, passou a viver numa cela, o que, pelo andar da
carruagem, pode a acontecer também com a governadora do Maranhão.
O
Papa Gregório XII renunciou diante de um Concílio que pretendeu acabar com as
disputas de poder dentro da igreja. Havia tantos grupos se estaponando por
poder no governo Roseana que ela, para o bem de todos e felicidade do Maranhão,
bem que poderia ter seguido o exemplo de São Gregório há mais tempo.
Vigésimo
segundo presidente do Brasil, que também renunciou no primeiro ano de mandato,
Jânio Quadros se elegeu cantando uma musiquinha chata que dizia: “Varre, varre,
varre vassourinha, varre a corrupção”. Roseana varreu, mas para dentro de casa.
O
símbolo do governo Jânio Quadros era uma vassoura, o símbolo do governo Roseana
era uma lagosta, o que nos leva a deduzir que nenhum dos dois nunca quis fazer
nada.
Quando
renunciou, Getúlio Vargas tinha contra ele grande parte da população, jovens
sequiosos por democracia e liberdade e o próprio exército. Roseana renunciou
com a população contra ela, pois seu candidato foi fragorosamente derrotado
ainda no primeiro turno, uma juventude que não suportava mais a oligarquia e
quase todo mundo nas polícias civil e militar.
O
Papa Bento XVI renunciou em meio à corrupção na Igreja Católica, finanças
obscuras, guerras fratricidas pelo poder, luta entre facções e lavagem de
dinheiro. Quer coisa mais parecida com o governo do Maranhão.
A
propósito da renúncia de Bento XVI, Filhipe Portier disse que o Vaticano era um
ninho de hienas enlouquecidas, um pugilato sem limites nem moral alguma onde a
cúria faminta de poder fomentava delações, traições, artimanhas e operações de
inteligência para manter suas prerrogativas e privilégios.
Quer
coisa mais parecida com o governo de Roseana Sarney no Maranhão?
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