Editorial JP, 01 de junho
Ao assumir o governo em 2015, o
governador Flávio Dino sabia que algumas crises precisavam ser imediatamente
sanadas, que havia muito a resgatar, especialmente em termos de decência
pública, gestão dos negócios de Estado, segurança, saúde, educação, mas, para
além das urgências, era extremamente necessário dar início ao resgate da
tumultuada economia maranhense.
Tudo o que dizia respeito a geração de
emprego e renda, índice de desenvolvimento humano, serviços de todos os
gêneros, comércio, estava abalado e constatado pelas estatísticas que desde
muito apresentavam o Maranhão como estado mais pobre do Brasil. Independente de
nossas potencialidades, o governo não gerenciava o desenvolvimento, fosse no
setor da indústria, da agricultura e pecuária, de serviços e essa situação se
alongava no tempo em tal proporção que a definição de caos econômico cabia como
uma luva nas análises da maioria dos estudiosos e especialistas.
Um exemplo crasso dessa má gestão, o
Porto do Itaqui, reconhecido como um dos principais portos públicos do país,
também navegava na mesma maré de incompetência e inapetência gerencial. E a
mudança, nesse caso, um ano e meio apenas do governo Flávio Dino, devolveu ao
porto a capacidade de gerar lucro e o recolocou no lugar que lhe é cabido de um
dos maiores portos do Brasil. A diferença é exponencialmente superlativa. Basta
verificar, conforme demonstrado hoje pelo diretor-presidente da Empresa
Maranhense de Administração Portuária, Ted Lago, durante entrevista coletiva,
que em exatos 4 anos, de 2011 a 2014, todo o lucro gerado pelo Porto do Itaqui
ficou em R$ 55, 9 milhões. E apenas nesses 18 primeiros meses do governo Flávio
Dino o lucro líquido do Porto atingiu R$ 68,2 milhões.
Isso vem na contramão da crise econômica
que atinge o país, como veio o resgate da agricultura e da agricultura
familiar, da segurança pública, da saúde e da educação. Na contramão, colidindo
com um passado de sinecuras, privilégios, favorecimentos e corrupção, o Porto
do Itaqui registrou recordes de operação e lucratividade em 2015 e segue a
mesma tendência em 2016, movimentando R$ 7,3 bilhões em mercadorias nos quatro
primeiros meses deste ano.
Nessa estrada, a do resgate da economia,
ainda há muito a ser feito, mas há que se observar que o atual governo deteve o
sangradouro de recursos públicos que rasgava as veias no Maranhão, em geral
desviados para portos bem distantes, nos mais diferentes navios, quase sempre
comandados pelos mesmos capitães. Só isso já representou, num primeiro ano, uma
economia de mais de 1 bilhão de reais.
Essa nova forma de gestão impulsiona o
interesse do mercado externo pelo Porto do Itaqui e os lucros apresentados provocam
arroubos impatrióticos e ganância nos mesmos “marinheiros” que lesaram o Porto
e que falam agora em federalização. Mas não há de ser nada. Chegamos a porto
seguro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário