JM Cunha Santos
Sarney e Michel Temer sabem que o povo
brasileiro lhes devota um ódio mortal, o que pode ser constatado em milhões de
comentários nas redes sociais. Sabem que se depender desse povo nada no mundo
os livrará da cadeia. A nomeação de Segóvia para a diretoria geral da Polícia
Federal não é, portanto, um fato isolado no atendimento de pedidos de
correligionários como Sarney, Romero Jucá e Lobão. É um retorno à polícia
política, ao autoritarismo, aos comandos de caça que infernizaram o Brasil
durante o regime de exceção.
Todo inimigo político eou adversário de
Sarney e Michel Temer será perseguido, vigiado, monitorado. A recente operação
da PF no Maranhão é um exemplo disso. Sarney chamou a polícia para 400
funcionários fantasmas que não foram encontrados porque simplesmente não
existem; o contrato com uma sorveteria acusada de prestar serviços médicos não
foi exibido porque também nunca existiu.
Se prendeu envolvidos, essa fase da
operação “Sermão aos Peixes” nem passou perto dos engenhosos corruptos que
criaram o brutal esquema de desvio de recursos na Saúde, como Ricardo Murad e
outros gênios do crime.
Toda a operação foi, portanto, um ato
político da vontade de Michel Temer, Lobão e José Sarney.
Só lembrem que Sarney foi o principal
representante do poder civil junto à ditadura militar nos anos de chumbo e
Lobão, ao que consta, dedurava colegas jornalistas para os porões do regime, o
que lhe teria garantido o primeiro mandato de deputado federal. Eles
sabem muito bem como usar o terror político, sabem tudo sobre polícias
políticas, delegacias de ordem social, caça às bruxas e repressão.
O que vimos no Maranhão é só o começo.
Logo, em todo o país, jornalistas, intelectuais, sindicalistas, líderes de
movimentos sociais estarão na mira do poder político-policial que se instala,
ainda e por enquanto sob a forma disfarçada de democracia.
Porque Michel Temer vai precisar de
força bruta para lidar com 97 % de desaprovação do povo brasileiro.
Porque as reformas criminosas que propõe
contra o trabalhador não vão se sustentar sem atos programados de exceção.
Porque os brasileiros não vão aceitar
inertes por muito tempo o aumento diário da gasolina, o preço do gás de cozinha
subindo aos saltos, a conta de energia elétrica apagando os salários do povo
para pagar a corrupção de um presidente acusado pelo Ministério Público de
liderar uma organização criminosa dentro do PMDB.
É isso. Michel Temer
e José Sarney estão montando um Estado Policial no país para evitar que todo o
quadrilhão do PMDB vá parar na cadeia, para estancar a Lava Jato e continuar
enchendo malas e apartamentos de dinheiro público, roubando desgraçadamente o
povo desta Nação.
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