sábado, 18 de novembro de 2017

32 anos depois da ditadura, Sarney e Michel Temer recriam a polícia política no Brasil

JM Cunha Santos


Sarney e Michel Temer sabem que o povo brasileiro lhes devota um ódio mortal, o que pode ser constatado em milhões de comentários nas redes sociais. Sabem que se depender desse povo nada no mundo os livrará da cadeia. A nomeação de Segóvia para a diretoria geral da Polícia Federal não é, portanto, um fato isolado no atendimento de pedidos de correligionários como Sarney, Romero Jucá e Lobão. É um retorno à polícia política, ao autoritarismo, aos comandos de caça que infernizaram o Brasil durante o regime de exceção.
Todo inimigo político eou adversário de Sarney e Michel Temer será perseguido, vigiado, monitorado. A recente operação da PF no Maranhão é um exemplo disso. Sarney chamou a polícia para 400 funcionários fantasmas que não foram encontrados porque simplesmente não existem; o contrato com uma sorveteria acusada de prestar serviços médicos não foi exibido porque também nunca existiu.
Se prendeu envolvidos, essa fase da operação “Sermão aos Peixes” nem passou perto dos engenhosos corruptos que criaram o brutal esquema de desvio de recursos na Saúde, como Ricardo Murad e outros gênios do crime.
Toda a operação foi, portanto, um ato político da vontade de Michel Temer, Lobão e José Sarney.
Só lembrem que Sarney foi o principal representante do poder civil junto à ditadura militar nos anos de chumbo e Lobão, ao que consta, dedurava colegas jornalistas para os porões do regime, o que lhe teria garantido o primeiro mandato de deputado federal.  Eles sabem muito bem como usar o terror político, sabem tudo sobre polícias políticas, delegacias de ordem social, caça às bruxas e repressão.
O que vimos no Maranhão é só o começo. Logo, em todo o país, jornalistas, intelectuais, sindicalistas, líderes de movimentos sociais estarão na mira do poder político-policial que se instala, ainda e por enquanto sob a forma disfarçada de democracia.
Porque Michel Temer vai precisar de força bruta para lidar com 97 % de desaprovação do povo brasileiro.
Porque as reformas criminosas que propõe contra o trabalhador não vão se sustentar sem atos programados de exceção.
Porque os brasileiros não vão aceitar inertes por muito tempo o aumento diário da gasolina, o preço do gás de cozinha subindo aos saltos, a conta de energia elétrica apagando os salários do povo para pagar a corrupção de um presidente acusado pelo Ministério Público de liderar uma organização criminosa dentro do PMDB.
É isso. Michel Temer e José Sarney estão montando um Estado Policial no país para evitar que todo o quadrilhão do PMDB vá parar na cadeia, para estancar a Lava Jato e continuar enchendo malas e apartamentos de dinheiro público, roubando desgraçadamente o povo desta Nação.

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