quinta-feira, 16 de novembro de 2017

Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Sermão aos Peixes na Saúde; desta vez Ricardo Murad não foi conduzido

JM Cunha Santos


Cerca de 130 policiais federais cumpriram, na manhã de hoje, em São Luís, Imperatriz, Amarante e Teresina, 45 mandados judiciais expedidos pela juíza Paula Sousa Moraes, em mais uma fase da Operação Sermão aos Peixes. São 17 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão. Esta nova Operação, chamada Pegadores, é uma sequência da Operação Sermão aos Peixes, de 2015, mas não há notícias até agora sobre condução coercitiva do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad.
A atual operação apura o desvio de recursos da ordem de R$ 18 milhões, através de um esquema de desvio de verbas e fraudes na contratação e pagamento de pessoal. Na Operação Sermão aos Peixes de 2015 as investigações indicaram a existência de 400 pessoas que teriam sido incluídas indevidamente nas folhas de pagamento dos hospitais estaduais, sem que prestassem qualquer tipo de serviço às unidades hospitalares. Esta operação cumpriu 13 mandados de prisão temporária, 60 mandados de busca e apreensão e 27 de condução coercitiva, entre eles o do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, por desvios no Fundo Estadual de Saúde do Maranhão, empregar pessoas sem concurso público e contratar empresas sem licitação. No período da investigação, o fluxo de recursos destinados pela União ao Fundo Estadual de Saúde do Maranhão foi de R$ 2 bilhões.
Em nota ainda nesta manhã, o governo do Estado esclarece que os fatos da operação têm origem no modelo anterior de prestação de serviços de saúde, todo baseado na contratação de entidades privadas, com natureza jurídica de Organizações Sociais, vigente desde governos passados.

O governo Flávio Dino esclarece também que através da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares, ente público que atualmente gerencia o maior número de entidades de saúde, determinou a realização de processos seletivos públicos para contratação de empregados por parte das organizações sociais e desconhece a existência de pessoas contratadas por organizações sociais que não trabalhavam em hospitais. Atualmente, lei de iniciativa do governo do Estado aprovada na Assembleia Legislativa prevê a abertura de 1.000 vagas na área da saúde através de concurso público, por sinal o primeiro em 25 anos.  

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