O cardume sarneisista, apesar do alto
volume de agravos ao Código Penal, nunca foi alcançado pela justiça comum, mas
é inevitável a exoneração histórica que o aguarda na próxima eleição.
JM Cunha Santos
A candidatura incubada de Roseana Sarney,
a candidatura transilvânica de Eduardo Braide e a candidatura iscariótica de
Roberto Rocha não perceberam o óbvio: o Maranhão ficou praticamente sem governo
durante os 14 anos de Roseana Sarney e isso contribui fortemente para uma
vitória do governador Flávio Dino ainda no primeiro turno.
Flávio Dino aparece nas pesquisas com 60 %
das intenções de votos e oscilando para cima. Na última aferição, Roseana surge
com 27%. Ainda não começou a campanha, mas no correr dela esses 27% da
ex-governadora poderão encolher, se diluir na esteira da aliança da família com
Michel Temer, negativado com incríveis 87% de rejeição, na falta de
solidariedade com o verdadeiro pai de seus governos, o ex-presidente Lula na prisão,
entre as tropas de choque de Lobão e Sarney Filho se matando por um mandato de
senador. Lobão ou se elege ou vai parar no juizado de Curitiba e daí para a
cadeia é só um passo.
Sarney não consegue sair desse alçapão e,
embora escoltado financeiramente pelo asqueroso Michel Temer, estagna, em
estado de permanente embolia política. Porque o grupo Sarney acostumou-se à
financeirização das campanhas eleitorais, nas quais vencer não era uma questão
de trabalho, era, antes, uma questão de ter dinheiro para comprar cabos
eleitorais, vereadores, prefeitos, vice-prefeitos, deputados, senadores,
magistrados, presidentes de uniões e associações de moradores e esperar a
contribuição desonrosa da agiotagem. Como, agora, eles não podem mais bamburrar
nos cofres públicos falta ouro para voltarem no poder. E se tem por tão
atarantados que a cinco meses da eleição sequer conseguem definir um candidato
a governador.
Sabem, ainda, que vão enfrentar um
candidato, Flávio Dino, que, acima da mais virulenta crise econômica nacional,
cumpriu quase a totalidade de seus compromissos de campanha e que também pôs
fim à corrupção endêmica que até 2014 dominava o Maranhão.
O cardume sarneisista, apesar do alto
volume de agravos ao Código Penal, nunca foi alcançado pela justiça comum, mas
é inevitável a exoneração compulsória que o aguarda na próxima eleição.
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